quarta-feira, 4 de maio de 2016

Apologética Cristã: Como as verdades sobre Deus e a Religião podem ser conhecidas?

Em um post que coloquei no blog eu falei que existem verdades absolutas. Hoje irei mostrar como a verdade pode ser conhecida, mostrarei que é impossível que todas as religiões sejam verdadeiras, pois o oposto de verdadeiro é falso.







Nós já sabemos o que é a verdade, certo? Porém irei falar a definição: “Propriedade de estar conforme os fatos ou a realidade/ a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou original”. Se alguma coisa é verdade, ela é verdadeira para todas as pessoas, em todos os momentos, em todos os lugares.

  •          Como a verdade é conhecida?

Todas as vezes que dizemos qualquer coisa estamos deixando implícito que conhecemos pelo menos alguma verdade, porque qualquer posição ou qualquer assunto implica algum grau de conhecimento. Mas como alguém pode conhecer a verdade? Qual o processo pelo qual descobrimos a verdade sobre o mundo? Bom, o processo de descoberta começa com as leis auto evidentes da lógica chamadas primeiros princípios. São chamados de primeiros princípios porque não existe nada por trás deles. Portanto, você não aprende esses primeiro princípios: simplesmente sabe que existem.

Dois desses princípios são a lei da não contradição e a lei da exclusão do meio-termo. A lei da não contradição é basicamente assim: Se você fosse conversar com um casal (Casados) e perguntasse para a mulher “Você está gravida?” ela disse “Sim” e o marido disse “Não”, você saberia que os dois não poderiam estar certos, ou ela está ou não está gravida. A lei da exclusão do meio-termo nos diz que uma coisa é ou não é. Exemplo: Deus existe ou não existe. Jesus ressuscitou dos mortos ou não ressuscitou. Não há uma terceira alternativa para cada uma dessas afirmações.

Esses primeiros princípios são as ferramentas que usamos para descobrir todas as outras verdades. Assim como nossos olhos devem estar presentes em nosso corpo para que possamos ver, os primeiros princípios devem estar em nossa mente para que possamos aprender alguma coisa.

Para entender melhor, considere o seguinte argumento:
1. Todos os homens são mortais.
2. Paulo é um homem.
3. Portanto, Paulo é mortal.

As leis auto evidentes da lógica nos dizem que a conclusão “Paulo é mortal” é uma conclusão válida. Agora considere o seguinte argumento:
1. Todos os homens são répteis de quatro patas.
2. Rodrigo é um homem.
3. Portanto, Rodrigo é um réptil de quatro patas.

No aspecto lógico, esse argumento é válido, mas todos nós sabemos que ele não ele é verdadeiro. Um argumento pode ser logicamente correto, mas ainda assim ser falso, porque as premissas do argumento não correspondem à realidade.

Obtemos as informações com base na observação do mundo ao nosso redor e, então, tiramos conclusões gerais dessas observações. Ao observar alguma coisa repetidas vezes, você pode concluir que algum princípio geral é verdadeiro. Esse método de chegar a conclusões gerais a partir de observações específicas é chamado de indução. O processo de disporem-se premissas em um argumento e chegar a uma conclusão válida é chamado dedução. Mas o processo de descobrir se uma premissa em um argumento é válida geralmente exige a indução.

A maioria das conclusões baseadas na indução não pode ser considera 100% certa, mas apenas altamente provável. Por exemplo: Você está absolutamente certo, tem 100% de certeza, de que a gravidade faz todos os objetos caírem? Não, porque você não observou todos os objetos caindo. Desse modo, se as conclusões indutivas não são seguras, podemos confiar nelas? Sim, mas com graus variáveis de certeza. (Existe uma importante exceção. Ela é chamada de “indução perfeita”, na qual todos os particulares são conhecidos, como por exemplo: “Esse texto foi todo escrito pela fonte “Times New Roman”, tenho absolutamente certeza disso”).

  •         É possível que todas as religiões sejam verdadeiras?

Estabelecemos que a verdade possa ser conhecida. De fato, ela é inegável. Mas e daí? Todas as religiões podem ser verdadeiras? A resposta é não. Vou explicar o motivo.

O fato é que as religiões mundiais possuem mais crenças contraditórias do que complementares. Elas discordam em quase todas as questões principais, incluindo a natureza de Deus, a natureza do homem, pecado, salvação, céu, inferno e criação!

- Judeus, cristãos e muçulmanos acreditam em diferentes versões de um Deus teísta, enquanto a maioria dos hindus e dos adeptos da Nova Era acreditam que tudo o que existe é parte de uma força impessoal e panteísta (Tudo e todos compõe um Deus abrangente – O universo e Deus são um só) chamam de Deus.

- Muitos hindus acreditam que o mal é uma total ilusão, enquanto cristãos, muçulmanos e judeus acreditam que o mal é real.

- Os cristãos acreditam que as pessoas são salvas pela graça, enquanto todas as outras religiões, se é que acreditam em salvação, ensinam algum tipo de salvação por meio das boas obras (a definição de “boa” e daquilo do que se é salvo varia grandemente).

- As religiões politeístas acreditam que existam vários deuses (Mitologia Grega, Egípcia e etc.), porém os Cristãos, Judeus e muçulmanos acreditam que só existe um Deus.

- Segundo o Alcorão a Terra foi criada em Oito Dias, porém segundo a Bíblia ela foi criada em seis. Todos nós sabemos que os dois não podem estar certos.

- Segundo o alcorão, os Cristãos creem em “três deuses” – Pai, Mãe e Filho. Em contraste, o Cristianismo sempre teve bem claro que a Trindade consiste do Pai, Filho e Espírito Santo.

Essas são apenas algumas das muitas diferenças essenciais. Já é a prova suficiente para refutar a ideia de que todas as religiões ensinam basicamente as mesmas coisas.

  •         Verdade versus tolerância

Enquanto a maioria das religiões tem algumas crenças que são verdadeiras, nem todas as crenças podem ser verdadeiras porque elas são mutuamente excludentes, ou seja, ensinam coisas opostas.

A tolerância hoje não significa mais suportar alguma coisa que você acha falsa (Além do mais, você não tolera coisas com as quais concorda). Hoje em dia, tolerância significa aceitar que toda crença é verdadeira. As pessoas apenas “toleram” aqueles com os quais já concordam o que, por definição, não é tolerância.

Os pluralistas afirmam que não devemos questionar as crenças religiosas, algo que é derivado da falsa proibição cultural em relação a fazer julgamentos. A proibição contra julgamentos é falsa porque ela não satisfaz seu próprio padrão: “Você não deve julgar” é, em si mesmo, um julgamento. As pessoas usam a Bíblia para dar base a isso, em Mateus 7:1-5. Só que Jesus não proibiu um julgamento como esse, mas sim o julgamento hipócrita. A questão não é se fazemos ou não julgamentos, mas se fazemos ou não o julgamento correto.

Tenho uma pergunta para os pluralistas: Vocês estão prontos para aceitar as crenças religiosas dos terroristas muçulmanos, especialmente quando essas crenças dizem que todos os não muçulmanos (incluindo os pluralistas) devem ser mortos? Estão prontos para aceitar como verdadeiras as crenças religiosas daqueles que acreditam no sacrifício de crianças ou na realização de outros atos hediondos? Espero que não.

  •          De que maneira podem ser conhecidas as verdades sobre Deus?

A observação e a indução ajudam a investigar a derradeira pergunta: “Deus existe?”. Nós usamos a indução para investigar Deus da mesma maneira que usamos a indução para investigar as outras coisas que não podemos ver, ou seja, observando seus efeitos. Por exemplo: não podemos observar a gravidade diretamente; mas podemos apenas observar os seus efeitos. Do mesmo modo não podemos observar a mente humana diretamente, mas apenas os seus efeitos. Existem efeitos observáveis que apontam para Deus? A resposta é sim, e o primeiro efeito é o próprio universo.

Bom, a verdade na religião é importante. Se o Alcorão for verdadeiro, eu (cristão) estou em dificuldades eternas, e se o cristianismo for verdadeiro, os muçulmanos e o resto das pessoas que não acreditam estão em dificuldades eternas.


Nos próximos posts eu irei colocar argumentos para a existência de Deus.

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