sábado, 4 de junho de 2016

História e Politica: Comunismo/Socialismo


“Estamos caminhando para o socialismo, um sistema que, como se diz, só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no inferno, onde ele já existe”. – Ronald Reagan

"O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros" - Margharet Thatcher


Hoje como vocês devem ter percebido, vou falar sobre algo diferente, mas necessário, abri uma nova aba para esse blog. Tenho visto frequentemente diversos cristãos defendendo o socialismo/comunismo, alguns ainda dizem que Jesus e os apóstolos eram socialistas. Nesse post irei falar um pouco do que é o Socialismo e o Comunismo, falarei um pouco das tentativas fracassadas de implantação desse modo de governo em alguns países e que resultados obtiveram, apresentarei os erros dessa ideia e responderei a pergunta “Jesus e os apóstolos eram socialistas?”.

  •      O que é o socialismo?

Socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século XVIII e se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, diminuindo a distância entre ricos e pobres.
Todos os bens e propriedades particulares seriam de todas as pessoas e haveria repartição do trabalho comum e dos objetos de consumo, eliminando as diferenças econômicas entre os indivíduos. Na teoria marxista, o socialismo é o estágio intermediário entre o fim do capitalismo e a implantação do comunismo, ou seja, o socialismo é necessário para a implantação do comunismo.

  •      E o que é Comunismo?

Doutrina econômica e sociopolítica, de cunho revolucionário, elaborada pelos teóricos alemães Karl Marx 1818-1883 e Friedrich Engels 1820-1895, que prevê a superação do capitalismo por meio da luta de classes, o fim da propriedade privada dos meios de produção, a instauração de um regime de partido único e, num último estágio, a extinção do Estado e o estabelecimento de uma sociedade sem classes.
A forma de atuação do comunismo e do socialismo é diferente. Enquanto o socialismo prevê uma mudança gradual da sociedade e um afastamento do capitalismo, o comunismo pretendia uma diferenciação mais brusca e muitas vezes usando o conflito armado como método de atuação.

  •      Um pouco sobre a história da liderança de alguns países comunistas e socialistas.

O socialismo e comunismo foram implantados em alguns países, tais como: China, Coréia do Norte, Cuba, Vietnã, Laos, Afeganistão, Alemanha Oriental, Angola, Benim, Congo, Finlândia, Hungria, Tchecoslováquia, União Soviética (Atual Rússia), e vários outros. Grande parte desses países hoje não são mais socialistas/comunistas. Mas mesmo assim irei contar um pouco sobre alguns desses países.
Como todos sabem, o comunismo ficou conhecido no mundo inteiro durante a Segunda Guerra Mundial, com a URSS (União Soviética), país cujo regime foi imposto no final da primeira guerra com o grande ditador Lenin (Que incrivelmente Quatro anos depois da tentativa de instauração do comunismo voltou atrás):
Afirma-se que em maio de 1919, 16 mil pessoas foram confinadas em um antigo campo czarista de trabalhos forçados chamados: Katorga, e que em setembro de 1921 foram enviadas mais de 70 mil.
Outros dados sem documentar falam de entre 50 mil a 200 mil execuções sumárias de "inimigos da classe" durante o regime de Lenin. Durante a Guerra Civil, em 1918, seriam executados o Czar Nicolau II e toda a família imperial, sob suas ordens. Destaca-se também a repressão à revolta dos marinheiros de Kronstadt (Março de 1921), que resultaria na morte e na deportação de milhares de marinheiros.

Em 1924, quando Lenin morreu, houve uma briga pelo poder entre Trotsky (Responsável por milhares de mortes como Comandante do Exército Vermelho) e Stalin. o Grande Stalin venceu. Homem que liderou o país por 30 anos. Estima-se que em seu governo foram mortas entre 20-50 milhões de pessoas.

Durante os 30 anos que governou ditatorialmente a antiga URSS, Stalin implantou um programa forçado de coletivização da agricultura e abolição da propriedade privada, que só foi possível com o assassinato de agricultores e a criação de um estado de terror policial, através do qual promoveu o expurgo e a execução de adversários políticos. Depois do fim da segunda Guerra Mundial (1939-1945), estendeu o controle soviético aos países das Europa Oriental, obrigando vários deles a manterem-se no bloco comunista, ao custo da repressão de opositores, da fome e do empobrecimento das suas populações. Stalin também foi responsabilizado pela existência de campos de trabalhos forçados para deter dissidentes e pela perseguição de minorias étnicas que viviam na União Soviética, realizando transferências compulsórias de populações que causaram número de mortes jamais calculado com precisão.

Essa ideologia foi sendo levada para outros países como a China, com o seu líder Mao Tsé-Tung que liderou o país por quase 30 anos. Estima-se próximo de 65 milhões por sua responsabilidade.

Líder do Partido Comunista Chinês desde 1931, Mao foi presidente da República Popular da China de 1949 a 1959 e presidente do Partido até sua morte. Neste período, implantou um regime de terror, com o assassinato de "contra revolucionários", proprietários rurais e inimigos políticos, sendo responsabilizado pela execução de vários ex-companheiros, militantes comunistas expurgados sob as mais variadas justificativas. A partir de 1950, lançou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que desorganizou a economia do país e provocou a maior onda de fome já registrada pela História. Pouco depois deste episódio, Mao e seus assessores mais próximos lançaram em meados da década de 1960 a Revolução Cultural, esforço justificado como uma tentativa de mudar a mentalidade da população chinesa e prepará-la para o socialismo. A campanha levou a prisões em massa, fechamento de escolas e perseguições que provavelmente causaram a morte de mais de Um milhão e meio de pessoas. Cerca de 65 milhões de pessoas morreram durante o seu governo.

Em Cuba, com o seu grande líder Fidel Castro que é responsável por mais de Um milhão de mortes, e o seu país que parece demais com o Brasil nos anos 60 e 70, país falido, em que milhares de pessoas morrem tentando fugir de lá.

Na Coréia do Norte, com o atual governo, a maior parte da população vivendo em uma vida de miséria e de dificuldades consideráveis. O país mais fechado e atrasado de todos, com a exceção dos figurões do partido comunista do país. O seu líder pediu para que a população se prepare para a fome. Existem relatos em que os pais estão comendo literalmente os filhos para poderem se manter.

A Venezuela, com o atual governo já tem faltado até papel higiênico, leite, supermercados sem produtos. Agora tem feriado nas sextas para economizar energia, o país está caminhando para a miséria, isso se já não chegou lá.

Em um total, é estimado que o Comunismo entre 94-110 milhões de mortos de sua responsabilidade. Sim, Milhões.

  •     O que o Cristianismo tem a ver com isso?

Tudo, hoje a Coréia do Norte lidera o Ranking de países que mais persegue os cristãos (Por 14 anos consecutivos – Tem cerca de 300 mil cristãos lá), a China está em 33º lugar (O cristianismo segue sendo a segunda maior religião do país), Laos está em 29º lugar (Mais de 200 mil cristãos), Vietnã está em 20º (Mais ou menos Oito milhões de cristãos).

“A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito da sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que precisa de ilusões”. – Karl Marx

  • Testemunho de Richard Wurmbrand

É visto que a maioria senão todos os países socialistas perseguiram os cristãos. Vou mostrar para vocês o testemunho de Richard Wurmbrand, o playboy que se tornou pregador – esteve preso durante 14 anos em cadeias comunistas, foi açoitado, torturado e obrigado a ingerir drogas:

“Sinto muito se um crocodilo devora uma pessoa, porém não posso repreendê-lo. É um crocodilo. Não é um ser moral. De igual modo nenhuma repreensão pode produzir efeito nos comunistas, visto que o comunismo destruiu neles todo e qualquer senso moral. Por isso se gloriavam abertamente por não terem piedade. Por anos a fio tínhamos de nos sentar durante 17 horas, diariamente, escutando:

‘O comunismo é bom, o comunismo é bom, o comunismo é bom, o comunismo é bom, o cristianismo é uma estupidez, o cristianismo é uma estupidez, o cristianismo é uma estupidez, desista, desista, desista, desista’ Durante 17 horas diariamente – por dias, semanas e meses a fio.

(...)Fizemos um acordo – Nós pregávamos, eles nos batiam! Proibiram-me terminantemente de pregar a outros prisioneiros. Ficou entendido que quem fosse apanhado pregando a outros presos, receberia uma tremenda surra. Vários de nós resolveram pagar o preço do privilégio de pregar; portanto, aceitamos as condições deles. Era um acordo: nós pregávamos e eles nos batiam. Éramos felizes pregando. Estavam felizes em nos espancar. Por conseguinte, todos estavam felizes. A cena que vou descrever repetiu-se mais vezes de quantas me é possível lembrar: um irmão estava pregando a outros presos quando os guardas repentinamente entraram, surpreendendo-o na metade de uma frase. Arrastaram-no pelo corredor até a ‘sala de surras’. Depois do que parecia uma surra que não acabava mais, traziam-no de volta e o jogavam – moído e sangrento – no chão do cárcere. Vagarosamente se reanimava. Doloridamente ajeitava a roupa e dizia: ‘Agora, irmãos, em que ponto estava quando fui interrompido?’ E continuava a sua mensagem do Evangelho.

(...) Na prisão de Gherla, um crente de nome Grecu foi sentenciado a apanhar até morrer. Nisso tiveram de gastar algumas semanas. Ia sendo espancado vagarosamente. Uma vez na sola dos pés com um cassetete de borracha e deixado para um lado. Depois de alguns minutos, outro golpe, alguns minutos mais, ainda outro. Levou pancada nos testículos. Veio o médico aplicar-lhe uma injeção.  Recuperou os sentidos e lhe deram boa alimentação para recobrar as forças e então foi espancado outra vez até morrer sob essa pancadaria vagarosa e repetida. Um dos que presidiu a esse suplício chamava-se Reck, membro do Comitê do Partido Comunista.
Em dado momento Reck disse uma frase que os comunistas costumavam dizer aos crentes: ‘Sabe, eu Sou Deus. Tenho poder de vida e morte sobre você. O que está no céu não pode resolver conservá-lo com vida. Tudo depende de mim. O irmão Grecu, nessa horrível situação, respondeu a Reck de um modo muito interessante, e que ouvi posteriormente do próprio algoz: ‘Não sabes quão profundas palavras disseste. És realmente Deus. Cada lagarta é na realidade uma borboleta, se desenvolver devidamente. Não foste criado para ser torturador, para matar. Foste criado para te tomares um ser à semelhança de Deus. Jesus disse aos judeus dos seus dias: ‘Sois deuses’. A vida do Deus Pai está no teu coração. Muitos que foram como tu és, muitos perseguidores, como o apóstolo Paulo. Descobriram em dado momento que é vergonhoso para o homem cometer tais atrocidades, quando podem fazer coisas muito melhores. E tornaram-se participantes da natureza divina. Crê-me, Sr. Reck, sua verdadeira missão é ser semelhante a Deus, e não um torturador’. Naquele momento Reck não prestou muita atenção às palavras de sua vitima como Saulo de Tarso não ligou importância às belas palavras do testemunho de Estevão ao ser morto em sua presença. Mas aquelas palavras trabalharam em seu coração. Posteriormente entendeu ser realmente aquela a sua vocação.

(...) Crentes eram pendurados em cordas de cabeça para baixo e açoitados tão severamente que seus corpos balançavam de um lado para o outro sob a força das pancadas. Eram colocados em refrigerados – ‘celas refrigerantes’ – tão frias que se formava uma camada de gelo na parte interna. Eu próprio fui jogado em uma dessas celas, com bem pouca roupa. Médicos da prisão observavam-nos através de uma abertura até verem sintomas de morte por congelamento. Nesse ponto davam sinal e os guardas nos tiravam e então éramos aquecidos. Quando já estávamos adquirindo calor, éramos imediatamente colocados de novo nas celas congeladoras, e isto repetidamente! Descongelar depois congelar até um ou dois minutos antes da morte, e então descongelar novamente. Isso continuava indefinidamente. Até hoje, algumas vezes não suporto abrir um refrigerador.

Odeio o sistema comunista, mas amo os seus homens. Odeio o pecado, mas amo o pecador. Amo os comunistas de todo o meu coração. Eles podem matar os crentes, mas o amor que estes têm por aqueles que os matam, esse amor eles não destroem. Não tenho o menor rancor dos comunistas, nem mesmo aos meus torturadores”. – Richard Wurmbrand, em seu livro “Torturado por amor a Cristo”.

  •      Os Erros econômicos do Comunismo.

Primeiro, o socialismo resulta em menos investimentos, menos poupança e um padrão de vida menor.  Quando o socialismo é inicialmente imposto, a propriedade precisa ser redistribuída.  Os meios de produção são confiscados dos atuais usuários e produtores, e entregues à comunidade de "zeladores".  Mesmo que os proprietários e usuários tenham adquirido os meios de produção via consentimento voluntário dos usuários anteriores, os meios serão transferidos a pessoas que, na melhor das hipóteses, tornar-se-ão usuárias e produtoras de coisas que elas não possuíam anteriormente.
Sob esse sistema, os proprietários e usuários anteriores são penalizados em prol dos novos donos.  Os não usuários, não produtores e não contratantes dos meios de produção são favorecidos ao serem promovidos à posição de zeladores de propriedades que eles não utilizaram, não produziram ou não alugaram para usar.  Assim, a renda dos não usuários, não produtores e não contratantes aumenta.  O mesmo é válido para o não poupador que se beneficiou à custa do poupador cuja propriedade poupada foi confiscada. Torna-se claro, portanto, que, se o socialismo favorece o não usuário, o não produtor, o não contratante e o não poupador, ele necessariamente eleva os custos sobre os usuários, os produtores, os contratantes e os poupadores.
É fácil entender por que haverá menos pessoas exercendo essas últimas funções.  Haverá menos apropriações originais dos recursos naturais, menos produção de novos fatores de produção e menos contratantes.  Haverá menos preparação para o futuro porque todos os investimentos secarão.  Haverá menos poupança e mais consumo, menos trabalho e mais lazer.

Segundo, o socialismo resulta em escassez, ineficiências e desperdícios assombrosos.  Essa foi a grande constatação de Ludwig Von Mises, que ainda em 1920 já havia descoberto que o cálculo econômico racional é impossível sob o socialismo.  Ele mostrou que, em um sistema coletivista, os bens de capital serão, na melhor das hipóteses, utilizados na produção de bens de segunda categoria; na pior, na produção de coisas que não satisfazem absolutamente nenhuma necessidade.

A propriedade comunal dos meios de produção (por exemplo, das fábricas) impede a existência de mercados para bens de capital (por exemplo, máquinas).  Se não há propriedade privada sobre os meios de produção, não há um genuíno mercado entre eles.  Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos.  Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de preços.  E sem esse cálculo de preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica — o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada.

Terceiro, o socialismo resulta na utilização excessiva dos fatores de produção — até o ponto em que eles se tornam completamente dilapidados e vandalizados.  Um proprietário particular em um regime capitalista tem o direito de vender seu fator de produção no momento em que ele quiser, e manter para si as receitas da venda.  Sendo assim, é do seu total interesse evitar perdas no valor de seu capital.  Como ele é o dono, seu objetivo é maximizar o valor do fator responsável pela produção dos bens e serviços por ele vendidos.

A situação do "zelador" socialista é inteiramente diferente.  Como ele não pode vender seu fator de produção, ele tem pouco ou nenhum incentivo para fazer com que seu capital retenha valor.  Seu estímulo, ao contrário, será aumentar a produção sem qualquer consideração para com as consequências disso sobre o valor de seu fator de produção — o qual, por causa do uso constante e desmedido, só irá cair.

Quarto, o socialismo leva à redução da qualidade dos bens e serviços disponíveis ao consumidor.  Sob o capitalismo, um empresário pode preservar e expandir sua empresa apenas se ele for capaz de recuperar seus custos de produção.  E como a demanda pelos produtos de sua empresa depende da avaliação que os consumidores fazem do preço e da qualidade (sendo o preço um critério de qualidade), a qualidade dos produtos tem de ser uma preocupação constante para os produtores.  Isso só é possível se houver propriedade privada e trocas voluntárias de mercado.

Sob o socialismo, as coisas são diferentes.  Não apenas os meios de produção são coletivamente geridos, como também é coletiva a renda obtida com a venda de toda a produção.  Isso é outra maneira de dizer que a renda do produtor tem pouca ou nenhuma conexão com a avaliação que os consumidores fazem do seu trabalho.  Todos os produtores, obviamente, sabem desse fato.

Assim, o produtor não tem motivos para fazer um esforço especial para melhorar a qualidade do seu produto.  Em vez disso, ele irá dedicar menos tempo e esforço para produzir o que os consumidores querem e gastar mais tempo fazendo o que ele quer.  O socialismo é um sistema que incentiva os produtores a serem preguiçosos.

Quinto, o socialismo leva à politização da sociedade.  Dificilmente pode existir algo pior para a produção de riqueza.

O socialismo, pelo menos em sua versão marxista, diz que seu objetivo é a completa igualdade.  Os marxistas observam que, uma vez permitida a propriedade privada dos meios de produção, está permitida a criação de diferenças sociais.  Se eu sou o proprietário do recurso A, isso implica que você não é — logo, nossa relação com o recurso A torna-se diferente e desigual.

Ao abolir de uma só vez a propriedade privada dos meios de produção, dizem os marxistas, todos passarão a serem coproprietários de tudo.  E isso seria o mais justo, pois estaria refletindo a igualdade de todos como seres humanos.

A realidade, porém, é muito diferente.  Declarar que todos são coproprietários de tudo irá solucionar apenas nominalmente as diferenças de posse.  Mas não irá resolver o real e fundamental problema remanescente: ainda existirão diferenças no poder de controlar o que será feito com os recursos.

No capitalismo, a pessoa que é dona de um recurso pode também controlar o que será feito com ele.  Em uma economia socializada, isso não se aplica, pois não mais existem proprietários.  Não obstante, o problema do controle continua.  Quem irá decidir o que deve ser feito com o quê?  No socialismo, só há uma maneira: as pessoas resolvem suas desavenças a respeito do controle da propriedade sobrepondo uma vontade à outra.  Enquanto existirem diferenças, as pessoas irão resolvê-las por meios políticos.
Se as pessoas quiserem melhorar sua renda sob o socialismo, elas terão de ascender a posições mais valorizadas dentro da hierarquia dos "zeladores".  Isso requer talento político.  Sob tal sistema, as pessoas terão de despender menos tempo e esforço desenvolvendo suas habilidades produtivas e mais tempo e esforço aprimorando seus talentos políticos. 

À medida que as pessoas vão abandonando seus papeis de produtoras e usuárias de recursos, percebe-se que suas personalidades vão se alterando.  Elas deixam de cultivar a capacidade de antecipar situações de escassez, de aproveitar oportunidades produtivas, de estar alerta a possibilidades tecnológicas, de antecipar mudanças na demanda do consumidor e de desenvolver estratégias de marketing.  Elas perdem a capacidade da iniciativa, do trabalho e da resposta aos anseios de terceiros.

  •     Entendendo a injustiça do socialismo

Professor reprova a turma inteira.
Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.
Essa classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza
ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas”.

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam ‘justas’. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um “A”.

Depois de calculada a média da primeira prova todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos, esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”. As notas não voltaram a patamares mais altos mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina… Para sua total surpresa.

O professor explicou: “O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande”. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela”.

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;

2. Para cada um recebendo sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;

3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;

4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;

5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, chegamos ao começo do fim de uma nação.

  •      Jesus era Socialista?

Há poucos dias eu encontrei um destes tais “cristãos” socialistas, que tem um site na internet onde defende ambas as ideias (Cristianismo e socialismo). É de dar pesar, mas ele simplesmente não sabe o que é o socialismo. Suas ideias sobre o socialismo são daquele nível de criancinha de seis anos. Ele disse que nunca leu Marx, nem Engels, nem outros socialistas de renome. Então eu entendi por que ele é socialista. Está explicado. Ele conhece apenas uma caricatura do socialismo, não o socialismo verdadeiro. Se ele se informasse melhor, estudasse Marx e os autores socialistas, conheceria o socialismo verdadeiro e sentiria uma enorme vergonha por um dia ter dito que Cristianismo e socialismo são compatíveis.

Ele, tragicamente, nunca leu a infame obra de Engels, A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, onde ele bombardeia simplesmente aquela que é a base de toda a fé cristã – a família. Um cristão que é contra a família não é cristão de jeito nenhum – é um infiltrado ou um ignorante. Ele também nunca deve ter visto Marx chamar a religião de uma “droga”, e não, ele não estava falando do sistema religioso, mas do próprio Cristianismo, da fé cristã em si, daquilo que até os desigrejados cristãos creem, que até ele mesmo (o “socialista cristão”) crê.

Ele também não deve ter lido Lenin, que, juntamente com Engels, afirmava que o marxismo é “absolutamente ateísta”. Ele também deve ter um conhecimento histórico risível, e não deve ter percebido ainda que o socialismo, onde se tornou realidade no mundo, foi o regime que mais perseguiu, trucidou, torturou e executou cristãos sem quaisquer paralelos na história, e onde cristãos eram forçados a renegar sua fé em Deus exatamente porque tais regimes eram essencialmente ateístas.

E a Bíblia? O que ela nos diz sobre o socialismo? Uma das primeiras coisas que você pode observar, ao ler o Antigo ou o Novo Testamento, é que a Bíblia condena o roubo. O problema do socialismo é que ele é inteiramente baseado no roubo da propriedade alheia. Aquilo que antes era seu, depois vem o Estado socialista e diz que não é mais seu. Ele toma a sua propriedade e faz o que quiser com ela, e nem pergunta a sua opinião sobre isso. É pior do que o ladrão, porque o ladrão pelo menos deixa algo. Sua vida não é mais sua, você se torna um escravo do Estado. Cristãos que seguem a Bíblia são contra o roubo. A Bíblia chama Satanás de ladrão (Jo.10:10). É ele quem vem para roubar a propriedade alheia. Isso por si só já deveria ser suficiente para tirar da cabeça a demência de que Cristianismo e comunismo são compatíveis. Jesus nunca ensinou nada disso.

“Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma” (2ª Tessalonicenses 3.10)

Então se você é trabalhador, esforçado, dedicado, empenhado, acorda cedo, pega ônibus, fica horas e horas em um serviço chato e depois volta pra casa para poder alimentar seus filhos, vai ganhar a mesma coisa que o vagabundo que não quer trabalhar ganha. Isso é o comunismo. Isso é o que Paulo combatia ao escrever aos tessalonicenses. Este tipo de ideologia é o que incentiva a ociosidade e o que resulta em uma multidão de desocupados e vagabundos. A Bíblia combate isso, porque ela repudia a visão comunista sobre a vida.

Então vem aquela meia dúzia de comunistas irados, que se acham cristãos, distorcendo grosseiramente textos bíblicos que em nada tem a ver com socialismo, apenas na cabeça deles. Tem gente, acredite, que usa o episódio da multiplicação dos pães e peixes para provar que Jesus era socialista. “Vejam só, Jesus dividiu o pão entre a multidão!”, dizem eles. Sim, criatura, mas você se esquece de dizer que Jesus não tirou pão e peixe de ninguém para dividir com os outros. Ele simplesmente fez um milagre e fez surgir pão onde antes não havia nada.

Se um socialista conseguir fazer este tipo de coisa e milagrosamente fazer surgir comida sem tirar nada de ninguém, parabéns (e aproveite a ocasião para se proclamar um novo Jesus, tipo um Inri Cristo), mas, se você não consegue fazer isso, deixe de estupidez e argumente de forma séria, sem manipular os textos bíblicos. Tem gente tão desesperada em distorcer a Bíblia que cita Atos 2:44-45 para “provar” que os discípulos eram socialistas, vejam:

“Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade” (Atos 2:44-45)

Eles só se esquecem de dizer que essa caridade existente entre eles era voluntária, e não obrigatória, como ocorre no comunismo. Nenhum discípulo forçava alguém a ser cristão agarrando-o pela gola de sua camisa e tomando seus bens e propriedades para depois dividir entre eles. Não existe Cristianismo coercitivo, ninguém nunca é obrigado a nada. Assim como ninguém era obrigado a se converter, ninguém era obrigado a dividir seus bens se não quisesse. Isso faz absolutamente toda a diferença, pois este tipo de caridade é exatamente o inverso do comunismo, onde o Estado toma as suas propriedades (você querendo ou não) e faz o que quiser com elas.
O tipo de caridade existente entre os discípulos era uma caridade “capitalista”, ou seja, voluntária. No capitalismo, todos podem dar ou dividir seus bens com outra pessoa caso assim deseje. No comunismo esse voluntarismo não existe. Você é coagido a isso, ou é morto. O Cristianismo trabalha com o conceito de caridade dentro de uma visão capitalista, e não dentro de uma visão comunista. Nenhum apóstolo jamais disse: “Se você quer ser cristão, será obrigado a vender todos os seus bens e dividir com os outros”. Não. O que aconteceu naquela ocasião específica de Atos 2:2:44-45 é que os mais ricos, voluntariamente e por livre e espontânea vontade, decidiram vender o que lhes era excedente para poder ajudar os mais pobres. Sem contar que os discípulos estavam vivendo em uma sociedade regida por Roma, que não era Socialista, Israel também não era. A ordem de dar esmolas já existia nos Judeus e é regra até hoje para eles que seguem a Antiga Aliança. Jesus incentiva a bondade/caridade e isso não é exclusivo para pobres, até os ricos devem ser alvos da bondade dos cristãos. Sobre Atos, eles dividiam com os que se convertiam ou usavam para evangelizar.
Ao chegarmos a este ponto temos, ironicamente, que concordar tanto com um comunista (verdadeiro) quanto com um capitalista. 

Concordo com o comunista ateu Leon Tolstoi, quando ele disse que “o Cristianismo, em seu verdadeiro significado, destrói o Estado [comunista]”, e concordo também com o capitalista evangélico Martin Luther King, quando ele disse que “o comunismo existe hoje porque o Cristianismo não está sendo suficientemente cristão”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário